segunda-feira, 14 de setembro de 2009

PAULO PORTAS EM GUIMARÃES


Paulo Portas escutou esta segunda-feira duras críticas ao ministro da Agricultura, Jaime Silva, numa sessão com agricultores em Guimarães, os quais avisaram ir castigar o Governo PS nas eleições de 27 de Setembro.

Na cooperativa agrícola de Guimarães, O Presidente do CDS e o cabeça de Lista pelo Distrito, Telmo Correia ouviram uma dirigente da associação de gestão agrícola de Vale do Ave afirmou que o Governo não foi “um parceiro sério” e defendeu que, seja qual for o sentido de voto, o dia 27 de Setembro é “uma oportunidade para castigar o Governo”.

“Precisamos que alguém vá para Lisboa e que cumpra o que promete. Temos jovens agricultores que estavam convictos que tínhamos um parceiro sério e não temos”, afirmou, defendendo a simplificação do regime de explorações pecuárias.

Outro agricultor disse que o Governo ainda não explicou porque é que retirou a “electricidade verde”, um apoio que no seu caso pessoal lhe poupava 200 euros por mês e que “faziam diferença”.

A intervenção mais indignada da tarde surgiu de uma agricultora que disse ter ouvido o ministro Jaime Silva dizer que os agricultores “não estavam informados” e que era por isso que estavam descontentes.

“Segundo o ministro, nós somos todos um bando de burros. Na agricultura há pessoas muito bem formadas. Eu perdoo muita coisa mas isso não lhe perdoo. A falta de respeito”, disse.

Depois de ouvir as queixas dos agricultores, o líder do CDS-PP disse que o seu partido é “a voz da denúncia” e que no ministério “tem que estar alguém que goste verdadeiramente do mundo rural”, alguém que “não passe a vida a dizer mal dos agricultores”.

No final da sessão e após questionado sobre se gostaria de ser ministro da agricultura, Paulo Portas não quis responder, afirmando no entanto que “melhor ministro do que o actual é facílimo”.

“Portugal precisa de um grande ministro da Agricultura, que goste do mundo rural”, disse, frisando que “o povo tem que votar no dia 27” e que a “questão não é pessoal mas sim política”.

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