segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sessão Pública de apresentação de candidatura


Foi com sala cheia no Hotel de Guimarães, que o CDS apresentou publicamente os seus candidatos à Câmara Municipal e Assembleia Municipal.

Depois das intervenções de Nuno Melo, Mandatário da lista, de Telmo Correia e de Nuno Vieira e Brito, candidato à Assembleia Municipal, usou da palavra Rui Barreira, apresentando os candidatos e as bases programáticas do partido às próximas eleições autárquicas e cuja intervenção publicamos na íntegra.


O CDS de Guimarães faz hoje aqui a apresentação pública das candidaturas e das suas bases programáticas.

Hoje é o início oficial de uma caminhada. Uma caminhada que enfrentaremos com confiança, com humildade. Porém, não poderia deixar de iniciar esta minha intervenção sem agradecer a confiança que o partido depositou em mim e dizer-vos que me encontro perfeitamente consciente das minhas responsabilidades.

Desde logo porque sou o primeiro de uma lista de que muito me orgulho, constituída por pessoas de trabalho, de competência, de coragem e que os vimaranenses reconhecem a sua verticalidade.
E deixem-me realçar que é para mim uma honra, ser acompanhado por quem já deu muito pelo CDS, muito pelo nosso concelho, muito pelo democracia, o Eng. Alberto Costa.
É uma honra e um imenso prazer tê-lo comigo S. Eng.

Mas também realço todos os outros, sem excepção. A D. Fernanda Sousa, Arq. Arantes, o Sr. Jaime Pinto e a D. Perpétua. O Dr. Luis Sampaio, o Sr. Arménio Costa, a Dr.ª Teresa Dias de Castro, o Rui Correia e o jovem Bernardo Brito.

Esta é a lista de candidatos a qual tenho a honra de liderar e que se apresenta ao eleitorado vimaranense em Outubro.

Mas o CDS apresenta-se ao eleitorado, não só com a lista, mas porque tem trabalho realizado ao longo destes quatro anos vai faze-lo com a certeza de dever cumprido. Não aparecemos agora, nesta campanha eleitoral, a pedir votos. Estamos cá porque achamos que merecemos a confiança dos vimaranenses, porque trabalhamos, porque entendemos que com mais força, podemos fazer muito mais por Guimarães, na certeza que ao longo deste tempo temos contribuído de uma forma séria e construtiva para o engrandecimento desta Guimarães que tão orgulhosamente defendemos e queremos que evolua.

O CDS não foi um partido de crítica, pela crítica. O CDS não foi um partido destrutivo. O CDS foi um partido responsável, atento aos problemas da cidade, dos cidadãos, um partido de propostas responsáveis e, acima de tudo, um partido com visão e a antecipar os problemas.
E digo isto não como um chavão. Digo isto sustentadamente.

O CDS antecipadamente e verificando o nível de desemprego e das dificuldades das empresas de Guimarães, apresentou em Novembro de 2007 a proposta de criação de uma agência de captação de Investimento para Guimarães. Não estávamos sequer no início da enorme crise que nos atinge hoje.

Estivemos, colaborando com o então deputado Nuno Melo, na elaboração de um projecto de resolução de criação de medidas específicas para o vale do ave, nomeadamente medidas de apoio às empresas e combate ao desemprego, que ainda hoje se mostra necessário e premente para o concelho.

Estivemos no combate à criminalidade, quando reinvidicamos o reforço de meios para as entidades policiais, por termos verificado a alteração orgânica da PSP e o aumento das suas fragilidades, mesmo antes do crescimento estatístico da criminalidade.


Estivemos presentes na Saúde, antecipando os problemas que adviriam para a população de Guimarães pelo acréscimo de urgências e a consequente falta de resposta do Hospital Senhora da Oliveira, em face da criação do centro hospitalar do Alto Ave e do reencaminhamento dos doentes até então atendidos no hospital de Fafe.

Estivemos na denúncia das ilegalidades de penhoras e cobranças do Fisco e da Segurança Social às empresas vimaranenses que já de si se encontram em dificuldades.

Fomos os primeiros a pugnar por uma alteração à rede viária, rede viária essa que se mantém praticamente a mesma de à quatro anos, não sendo favorável à captação do investimento, nem, no caso concreto, favorável ao desenvolvimento e atracção de novas empresas para o nosso concelho, bem como para a melhoria das empresas que já hoje se encontram instaladas, bem como para o acesso dos vimaranenses das freguesias limítrofes.

Estivemos na denúncia do erro da instalação do Tribunal das Varas Mistas, demonstrando o erro e a obscuridade do negócio que ainda hoje não se compreende.

O CDS foi o primeiro a apresentar uma proposta de erradicação de barreiras arquitectónicas, fazendo aprovar uma moção na Assembleia Municipal por unanimidade (coisa rara, diga-se desde já) para que a Câmara Municipal se comprometesse em três anos a erradicar as barreiras que ainda subsistem no nosso concelho.

Estivemos ao lado das IPSS e das famílias, aquando o prolongamento de horário no ensino básico, pondo em causa a valência de ATL nas IPSS e a possibilidade de escolha das famílias sobre o tipo de ocupação de tempos livres que queriam para aos seus filhos.

E estivemos no Mercado, não em campanha eleitoral, mas para verificar as dificuldades dos comerciantes e dos vimaranenses, naquele que foi um erro histórico em Guimarães. A deslocalização do mercado e as suas consequências, quer para os cidadãos, quer para os comerciantes do mercado, bem como os comerciantes em geral. E estivemos no mercado e apresentamos soluções, muitas delas adoptadas pela autarquia à posteriori, demonstrando inequivocamente a razão do CDS.

Mas também estivemos ao lado do Executivo quando entendemos que era o caminho certo, como por exemplo na renovação do parque escolar, na adopção de algumas medidas sociais, na Capital Europeia da Cultura, no Avepark, no Campurbis. Estivemos nestes projectos, apresentando também as nossas propostas e a nossa visão.

Fomos um Partido atento, interventivo, construtivo e responsável. E fomo-lo porque estivemos no terreno, conhecendo a realidade, auscultando os cidadãos, sentindo as suas dificuldades. Porque entendemos a política como um contributo para ajudar os outros, para ajudar a melhorar as condições de vida dos nossos cidadãos, para melhorar o meio em que vivemos, sempre de acordo com as convicções e princípios que devem nortear a sociedade.

MEUS AMIGOS E MINHAS AMIGA,

Que estamos no meio de uma crise, já todos sabemos. A nossa economia está muito enfraquecida, consequência da crise internacional e de um Governo que não soube tomar as opções certas.
Em Guimarães podíamos e devíamos ter ido mais longe. Passamos pelo mandato dos projectos, dos esboços, fez-se apenas uma gestão corrente, descurando a qualidade de vidas das famílias, das empresas e dos jovens.

Preocupa-nos a situação das pessoas, a falta de emprego e consequentemente falta de capacidade de sustentar as suas famílias. O desespero e preocupação pelo futuro dos filhos, que com muito esforço familiar conseguem tirar os seus cursos ou simplesmente finalizar o ensino secundário e que vêm em Guimarães uma terra sem oportunidades.

Guimarães é hoje o nonagésimo terceiro concelho no índice de riqueza nacional. É o quinto concelho do País com a mais elevada taxa de desemprego em termos absolutos e, em termos relativos, somos mesmo o maior. E cerca de 52% da população activa não tem mais do que o sexto ano de escolaridade.

E por isso o nosso programa se centra, em primeira instância, nas famílias, no emprego e na captação de investimento.

ABRAÇAR A HISTÓRIA, CONQUISTAR O FUTURO foi o slogan de campanha escolhido pelo CDS e fundamentado no seguinte:

As nossas listas, compostas por pessoas que já muito deram pelo concelho e pelo CDS e por um conjunto de elementos jovens que pela primeira vez estão aqui para ajudar e contribuir, com as suas ideias, com a sua visão, as suas propostas e o seu dinamismo.

Mas o slogan também se revê no programa. Valorizar a história de Guimarães nas suas variadas dimensões, as suas bases industriais e rurais, o Know-How de quem muito investiu e fez progredir Guimarães, a história e o Turismo, a capacidade e coragem dos empresários e investidores deste Concelho, o potencial humano dos trabalhadores do melhor que temos por esse País e a sua capacidade. O prestígio como cidade industrializada demonstrado ao longo de décadas.

Será esta História que nos permitirá conquistar o futuro!!! E repito conquistar. Porque mais do que confiança no futuro, este precisa é de ser conquistado.

O pensamento de que não temos futuro é o início do fim da economia concelhia e o CDS rejeita-a frontalmente. Porque acreditamos nos que cá estão e que querem continuar. Acreditamos que muitos querem vir, mas que não sabem, não conhecem ou não lhes foram dadas condições.
O concelho pede um olhar atento, real e sustentado em acções concretas, que considerem os problemas, encarem os desafios e se avance estrategicamente.

Ao nível económico, no seu programa o CDS manterá a proposta de criação de uma agência de captação de investimento. Se era essencial em 2007, mais se torna de 2009 em diante. Guimarães pode e deve continuar a ser um concelho de cariz industrial, de investidores, habituado a grandes indústrias, a muitas PME´s.

E num mundo totalmente globalizado, em que os investidores pensam global, Guimarães tem de apresentar soluções locais. Existe um espaço de manobra que pode e deve ser aproveitado para atracção de investimento. Mais, Guimarães deve fazer algo que o distinga de qualquer outro destino do País, sugerindo-se, ajudando, agilizando, adoptando uma atitude pró-activa de captação de investimento, divulgando as suas vantagens face à “concorrência”.

E essas vantagens são inúmeras. Desde a diminuição da burocracia, agilização dos processo administrativos, na atribuição de vantagens fiscais, nos incentivos à criação de emprego, na cedência de espaços.

A criação de novos parques industriais com boas vias de acesso à rede de auto-estradas, para que o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, o Porto de Leixões e o de Viana do Castelo sejam autênticos parceiros de Guimarães.

E o investimento nas vias de comunicação rodoviária serão uma prioridade. Não faz sentido que Guimarães se encontre em local estratégico e bem posicionado ao nível de auto-estradas e que a rede viária urbana e rural se encontre degradada e com sérias dificuldades de circulação, que se traduz num obstáculo à opção de investir no Concelho e de circulação dos munícipes.

Guimarães - Património Mundial da Humanidade, Capital Europeia da Cultura, Guimarães Cidade Industrial, devem ser as “bandeiras” para o início da criação desta rede, até porque, com estas missões, se conseguirá para além do principal objectivo da atracção do investidor, a promoção do turismo de qualidade.

Esta é a forma de combater o desemprego, de criar riqueza, de diminuir as dificuldades. Não podemos afirmar que a criação de emprego não é uma responsabilidade da autarquia, sem mais. Porque se é verdade tal afirmação, também é verdade que a função do município é criar condições para que se criem os empregos. Presentemente estamos em concorrência directa com dezenas de concelhos do nosso País, muitos deles que se oferecem, que dão condições e também em concorrência com muitos mais por esta Europa unida. E, caros amigos, há já muitos empresários de Guimarães a investir nesses concelhos.
Conhecemos quem se tivesse as mesmas oportunidades, faria o seu investimento aqui.

O CDS não quer deixar fugir nem mais um investimento e queremos trazer muitos mais. Para que o futuro dos Jovens vimaranenses seja na sua própria terra, onde se sentem bem, onde querem ficar, desde que lhe dêm oportunidade para tal.

MINHAS AMIGAS E MEUS AMIGOS,

Mas Guimarães enfrenta um outro problema derivado do desemprego. O drama dos desempregados com mais de 55 anos que veio para ficar, segundo o Ministro da Segurança Social, reconhecendo que dificilmente estas pessoas encontrarão outra actividade.

E não se pense que o drama de muitas destas pessoas seja apenas a falta de um salário ao fim do mês, as dificuldades da vida.
Para muitas destas pessoas, muitas das quais ainda se encontram a receber o subsídio de desemprego, o pior drama que enfrentam é um drama psicológico. O drama de se sentirem inúteis, o drama de se sentirem rejeitadas pelo mercado de trabalho e de se assumirem como velhas e sem qualquer futuro.

Nesta vertente o CDS entende que poderá existir um caminho, uma solução: o voluntariado. Muitas destas pessoas sentir-se-iam úteis à sociedade, sentir-se-iam bem consigo próprias e acima de tudo desenvolveriam uma actividade em prol da comunidade, demonstrando todas as suas capacidades e, quem sabe, conseguir mesmo um emprego através desta oportunidade.

O CDS desenvolverá no seu programa a promoção do Voluntariado, porque os Vimaranenses são solidários, dizem presente quando chamados, conforme se verificou na mais recente iniciativa de Luta contra o Cancro.
O estimulo do voluntariado, será uma das prioridades.

Na Saúde o CDS entende que muito há a fazer em Guimarães. Se bem que a maioria dos serviços de Saúde sejam da competência do Estado Central, não é menos verdade que a Câmara Municipal é um dos principais responsáveis dos cuidados de Saúde.

O CDS não deixará de reivindicar a alteração estrutural do serviço de urgência do Hospital Senhora da Oliveira.
Como já disse, com a alteração para Centro Hospitalar, as urgências do nosso hospital passaram a receber mais utentes, sem o consequente organização estrutural dos serviços de urgência. O CDS entende como primordial para a melhoria dos cuidados de saúde dos nossos cidadãos a intervenção urgentes nos serviços de urgência.

O CDS contribuirá com todo o seu esforço e capacidade para que esta obra seja uma realidade no mais curto espaço de tempo. Moveremos influências, criticaremos publicamente, faremos o que for necessário.

E defenderemos a projecção e execução de uma entrada directa da circular vimaranense ano Hospital. Se o erro do passado não se pode apagar, então façamos de imediato o que há muito já deveria ser uma realidade. O CDS pugnará pela criação de uma entrada directa da circular urbana às urgências do Hospital. Como é sabido, são inúmeras as dificuldades de acesso dos veículos aos serviços de urgência. Esta pequena intervenção pode valer uma vida.

Outra das prioridades será a criação de unidades de cuidados paliativos e cuidados continuados integrados.
São inúmeras as famílias vimaranenses que vêm os seus entes queridos em situações complicadas e que muitas vezes não sabem o que fazer, como enfrentar a situação, como agir e muitas delas sem as mínimas condições económicas que lhe permitam ter um doente nestas situações no seu domicílio.

São inúmeras as famílias nesta situação em desespero. Os próprios profissionais de saúde não têm respostas para dar aos seus utentes. Sentem-se incapazes, impotentes e ficam frustrados, pois têm consciência que quando o doente sai do seu gabinete, que passará sérias dificuldades.

Em face do aumento de esperança de vida, muitas situações destas encontramos no Concelho e o CDS, no seu programa, terá em especial atenção o incentivo à criação destas unidades em Guimarães.

E também teremos especial atenção com os Idosos. São inúmeras as famílias que enfrentam dificuldades para encontrar um local onde o seu ente querido seja tratado com toda a dignidade. As vagas em Lares de idosos e centros de dia são raros e, muitas vezes, com pedidos de valores incomportáveis para uma percentagem significativa da população.

Hoje, nas famílias actuais, ambos os cônjuges trabalham e não têm possibilidade de acompanhar os mais idosos durante todo o dia e sentem dificuldades em encontrar uma instituição que lhes dê resposta. O CDS, diga-se, é defensor da família e não.

Em Guimarães são poucos aqueles que se candidatam a famílias de acolhimento para idosos. Muito poucos. São escassas as famílias que se disponibilizam a acolher idosos, dando um tratamento mais personalizado e afectivo aos acolhidos.
Relembre-se, desde já, que o aumento de famílias de acolhimento permitiria resolver o problema de muitos idosos, cuja solidão durante todo o dia os assola, como também, nesta situação de desemprego de longa duração, passariam pela formação específica e permitiria a muitos desempregados encontrar uma resposta às suas dificuldades, desde que com vocação, já que esta actividade é remunerada.

O CDS entende que a divulgação desta medida, o seu incentivo e informação privilegiada, poderia não só ser uma solução de muitos problemas no concelho ao nível da terceira idade, que beneficiariam de um tratamento mais personalizado, mas também uma solução para muitos desempregados.

E apresentaremos a criação de uma Comissão de Protecção para Idosos em Perigo. Porque ao contrário do que possam imaginar, não são poucos os casos de maus-tratos a idosos e abandono de idosos, de falta de cuidados básicos.

São inúmeros os casos relatados e que merecem uma resposta enérgica. Se o Governo promete e não age, então é hora das comunidades locais o fazerem, porque estas situações não podem passar em claro, sem uma resposta enérgica e eficaz.

São pessoas que estão em causa. É a dignidade, a honra e o bem estar de quem já muito deu. E deste partido, meus caros, vocês sabem o que podem esperar na defesa destes cidadãos.

Defenderemos também o avolumar de parcerias com as IPSS´s, instituições de apoio social com trabalho valioso e de reconhecido mérito.
Mais do que qualquer entidade pública, são estas instituições que melhor conhecem as pessoas, que melhor conhecem as suas dificuldades e aquelas que lhes poderão dar a melhor resposta. O CDS promoverá a rede social e defenderá a transferência de muitas competências ao nível social que hoje são exclusivas da autarquia, para estas instituições, desde logo muitas que se encontram entregues a cooperativas municipais.

E não descansaremos enquanto não existir uma definição de critérios de atribuição de subsídios e apoios às IPSS´s. Porque estas instituições não podem, nem devem ser utilizadas, em função e necessidades políticas. Por questões de equidade e transparência, o CDS exigirá que esta definição seja uma realidade.

Minhas amigas e meus amigos,

Durante este mandato teremos a Capital Europeia da Cultura e o projecto de intervenção urbanística.
E aqui, tenho de realçar um dos projectos, quer pela sua impotância, quer pelo erro que irá ser cometido e cujo único partido que o pretende evitar, é o CDS. Como sabemos está prevista uma intervenção urbanística na zona do Toural e Alameda que não contempla um parque de estacionamento subterrâneo.

O CDS pretende evitar este clamoroso erro, esta falta de visão, esta oportunidade que se quer prder. Porque, meus amigos, a sua construção é fulcral para a cidade e para o seu centro histórico. Desde logo ao nível da revitalização do comércio tradicional. Com o projecto apresentado, sem parque, o comércio tradicional que muitas dificuldades já enfrenta, muitas mais sentirá no futuro, pois até os poços locais de estacionamento desaparecerão, criando ainda mais dificuldades a quem pretende aceder ao centro histórico e ao comércio tradicional.
Os comerciantes e os habitantes consideram-no vital, porque sabem a razão do afastamento dos cidadãos, dos seus clientes e sabem o que necessitam.

Por outro lado, este parque, seria uma oportunidade sagrada de atracção de população para o centro histórico, que começa a sentir afastamento, em virtude das habitações não apresentarem condições que hoje podem encontrar num qualquer apartamento em locais centrais. As do centro centro histórico, á sofrem limitações a nível acústico e térmico. Para além destas, o que dizer quando nem sequer têm um local perto da sua habitação para estacionar o seu veículo.

E, não menos importante, com a criação do Parque e consequente corte de trânsito automóvel em algumas artérias, poderia fazer-se do Toural e Alameda uma nova centralidade, igual a muitas cidades da Europa que hoje em dia privilegiam zonas pedonais sem trânsito.

O CDS é o único a defende-lo. Não por qualquer motivo eleitoralista, mas porque temos a convicção de que estamos a defender um futuro melhor para Guimarães.

E é neste sentido que também defenderemos a flexibilização das regras de reabilitação interior dos imovéis do centro histórico, sob pena de num futuro muito próximos, encontrarmos fachada limpa e interior destruído.

E, finalmente, Segurança.

Nós, no CDS, não poderemos pactuar com a forma de se abordar a segurança em Guimarães. Há dias, dizia o sr. Presidente da Câmara, aquando das declarações sobre o aumento da criminalidade em Guimarães, que a PSP deveria enquadrar o problema e agir no terreno de forma a evita-la. Não curou de saber os fundamentos, nem os motivos. Não curou de tratar o assunto com a importância devida, apresentando números de outras realidades, ao estilo socialista.

O CDS, porém, já havia previsto esta subida da criminalidade. Com a reorganização da PSP, esta polícia passou a abranger uma área territorial mais vasta, mantendo-se-lhes os mesmos meios humanos e materiais.

Se até então já era difícil um policiamento eficaz, uma vez que muitos dos meios humanos são deslocados para tarefas administrativas, a alteração só poderia resultar no que sabemos.

O que exigia era um comportamento de defesa dos seus cidadãos, exigindo do Ministério da Administração Interna o reforço de meios em face das alterações realizadas.
O que s exige é um efectivo esforço do porta-voz para conhecer e compreender o fenómeno e não refugiar-se em supostos números.

O CDS exigirá que Guimarães volte a ser um concelho de brandos costumes, onde os comerciantes possam dormir em paz, porque sabem que o seu ganha-pão está seguro e que o encontrarão intacto.

E não é isso que acontece. Há dias transmitia-me uma comerciante do concelho quando lhe pediam para trocar notas de algum valor, que sentia receio de o fazer e que, aos conhecidos, solicitava-lhes que voltassem dentro de minutos e que procedesse à entrega do dinheiro muito discretamente.

Outra comerciante, mesmo do centro da cidade dizia-me: “todos os dias chego à loja com o coração nas mãos. Os meus vizinhos já foram quase todos assaltados. Qualquer dia sou a próxima.”

Pois bem. Estes são exemplos vivos do porquê de no CDS considerarmos a seguranças como uma prioridade. Porque só em segurança somos verdadeiramente livres.

E para além da dotação da PSP e da GNR, defenderemos inequivocamente a instalação de sistemas de videovigilância. Este sistema, só através da sua presença, é dissuasor da criminalidade. No caso de crime, permite identificar o criminoso. E a abertura do caminho à videovigilância será um projecto relevante para a segurança dos visitantes, moradores e comerciantes de Guimarães.

Caros amigos,

Com esta equipa e estas propostas do CDS – e estas são apenas algumas – vamo-nos apresentar aos vimaranenses no dia 11 de Outubro. Como puderam verificar o CDS focará o seu programa nas pessoas, na melhoria das suas condições de vida, numa evolução do concelho focalizada nos problemas essenciais dos cidadãos.

Entendemos que na época que atravessamos, mais do que obras de betão, importa focalizar a acção política na condição de vida das pessoas. Hoje estamos pior que há quatro anos. Temos uma classe média que perdeu poder de compra, perdeu qualidade de vida e, muitos destes vimaranenses, vivem hoje em dificuldades. Temos mais pobres e pessoas em dificuldade.

Não é uma esquerda radical que os resolverá, pois estes, para além de não apresentarem uma única solução, apenas se aproveitam das debilidades das pessoas para demagogicamente se apresentarem como os salvadores.

No CDS não somos assim. Não pedimos votos, antes fazemos por merece-lo. Não apresentamos uma política de subsídios, porque a entendemos errada. Preferimos ensinar a pescar do que dar o peixe.

Durante este mês e meio, andaremos pelo concelho, divulgando o nosso projecto, demonstrando o que somos e o que queremos para os vimaranenses. Sem política de espectáculo, com vontade de mudar.

Todos vocês nos dão esperança e convicção de que estamos no rumo certo. Da minha parte, meu caros amigos, esperem vontade, garra, determinação e trabalho para, abraçando a história, conquistarmos o futuro.

Conto com todos vocês. Para que transmitam o que pensamos, o que queremos. Porta a porta, pessoa a pessoa.
Contem com o CDS…

Obrigado pela vossa presença, contamos convosco…

Rui Barreira

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